janeiro 30, 2007

Ainda a falta de inspiração...

Cabra. Não me larga. Invejosa, é o que é. Verde, verdinha. Ando farta dela até à pontinha dos cabelos, mas a grandessíssima otária não DES-LAR-GA.

O próximo passo talvez inclua uma mãe de santo, uma galinha preta, umas velas pretas e vermelhas ou lá que é. Incenso, muito incenso. Suavezinho e muit... Ah, isso era outra coisa. Pois. Sim. Talvez começar a tomar qualquer coisa que ajude à concentração não fosse mal pensado.

E já disse que estou farta do inverno? É que já nem o posso ver à frente. Vontade de sair de casa é igual a zero, aliás com este frio se saio de casa quase me cai o nariz, das pontas dos dedos nem falar. Nisto comprei um aquecedor daqueles horrendos, de um cinzento deslavado que não joga com decoração nenhuma do mundo, com mais 500 watts de potência que o que já lá tenho que era só por causa das coisas, mas não é que o dito que é bem mais jovem e até mais potente aquece muito, mas muito menos do que o outro, e não me venham cá dizer que experiência também é importante que não me parece que no mundo dos irradiadores a óleo isso funcione assim.

Cabra.

janeiro 25, 2007

Aaaaaaaaai!

Falta de inspiração... Falta de inspiração... Falta de inspiração...

Espero tê-la espantado. A bere.

janeiro 22, 2007

A discussão do século (passado)

Eu sempre fui uma pessoa de convicções fortes e mal ou bem não consigo entender os ditos católicos não-praticantes. Lamento, mas do meu ponto de vista ou se é, ou não se é, e se se é os deveres daí resultantes têm que ser cumpridos.

(Já agora, aproveito para avisar que fui católica desde os seis anos, com fortes convicções, praticante e com alguma curiosidade por assuntos bíblicos e de fé, o que como é óbvio não deu bom resultado, pois a partir de certa altura as contradições deram de si e consequentemente desde os onze anos que me converti à religião que pratico agora: o ateísmo).

Mas como é óbvio, há limites para tudo, e a fé não deve ser levada a extremos de estupidez, o que infelizmente acontece vezes demais. E a história que vou contar a seguir relata isso mesmo.

Há muitos e muitos anos atrás, quando eu ainda não passava de uma adolescente revoltada mas apesar de muto, muito parva ainda com algumas réstias de inteligência fui parar a uma turma onde por coincidência também foram parar outras duas pessoas muito envolvidas na religião católica.

Tão, tão envolvidas que para vos dar um exemplo durante uma visita de estudo a Lisboa não queriam ir a nenhuma discoteca porque estavam no período de Quaresma. Até aqui tudo bem, convicções são convicções.

Mas depois de terem estragado a toda a turma mais do que uma aula de Filosofia quando o professor teve a infeliz ideia de nos mostrar na aula o filme d'O Nome da Rosa com uma série de debates infelizes sobre a fé e que o filme era imoral porque dava um mau nome à Igreja - e por mais que o professor tivesse tentado explicar que na verdade durante a Idade Média era isto que acontecia e que a fé era a fé e a filosofia era a filosofia e que elas tinham era mais do que separar estas duas coisas e onde até se chegou a argumentar que a Inquisição não tinha existido (e olhem que isto foi dito entre os protestos vigorosos de 29 pessoas: a turma toda mais o professor) eis que um dia estou eu mais as minhas amiguinhas e as duas beatas num sítio qualquer todas ao mesmo tempo e vá-se lá saber porquê a conversa foi dar ao mesmo de sempre.

Particularizando, fomos dar com a conversa ao tema sempre polémico do casamento. Acho que já é sobejamente conhecida a minha posição sobre o assunto, quem quer casar que case eu é que não me parece muito obrigada, mas como é óbvio quem casa e se arrepende pelo caminho que se divorcie, por quem sois. Mas como todos nós sabemos o divórcio não é apoiado pela Igreja Católica e por consequência também não era apoiada pelas duas beatas.

Portanto, os argumentos válidos de "mas as pessoas têm que ver se são compatíveis sexualmente antes de tomarem um passo desses" tinham sempre uma resposta de "Sexo antes de casamento? Nunca! Que horror!" e por aí em diante, tudo sempre cheio de explicações cheios de conteúdo teológico e desprovidos de sentido prático.

A coisa foi subindo de tom, "o casamento é sagrado", "mas porquê?", e foi subindo de tom, "mas se duas pessoas se dão mal porque é que têm de estar juntas?", porque "se Deus uniu só Deus é que separa", "mas que raio de lógica tem isso? Deus quer que eu esteja infeliz?" e até que uma delas, já farta da conversa e extremamente exaltada, se lembra de dizer o seguinte (juro-vos, até vai ter direito a parágrafo!):

"Olhem, para vos dar um exemplo, o meu pai bate na minha mãe mas não faz mal porque eles são casados!"

De facto, a discussão acabou por aqui. Eu e as minhas amigas olhámos umas para as outras, despedimo-nos delas e fomos embora dali e nunca mais tocámos no assunto. Elas devem ter ficado todas contentes, embrenhadas na sua "vitória". Nós decidimos que contra aquele tipo de ignorância não valia a pena preocuparmo-nos: cada um tem o Deus (e a vida) que merece.

janeiro 16, 2007

Um jantar de família com convidados

Há uns anos atrás, durante uma daquelas férias onde lá vou eu e os meus pais de malas feitas para ter com a famelga, dou comigo a jantar com a minha prima mais velha, a sua família e uma outra família amiga.

Tive a honra de me sentar em frente à matriarca da família convidada, e a coisa não ía correr bem logo à partida assim que ouvi dizer que esta era católica fervorosa (e como é óbvio a coisa deu discussão mas nem é disso que quero falar).

A minha mãe que é uma dona-de-casa exemplar estava a servir o jantar que consistia no belo do frango assado com batata frita, e já agora uma saladona. Depois de me dar salada, a minha mãe vira-se para a outra (que entretanto já tinha o prato carregado de frango e batatinha) e pergunta-lhe se ela também não quereria salada.

Resposta da outra: "Não, eu cá não ligo nada a essas coisas!"

Enfim, a estupidez humana pelos vistos não tem mesmo limites...

Terça-feira...

Dia de dar inspiração grátes... aos gajos! Também têm direito, pois claro. Ora tomem lá:


Quem é amiguinha, quem é??

janeiro 15, 2007

Segunda-feira...

Dia de dar inspiração grátes ao gajedo... Ora tomem lá!


Quem é amiguinha, quem é??

janeiro 10, 2007

Vou nadeando...

Lady Bracknell: (...) I have always been of opinion that a man who desires to get married should know either everything or nothing. Which do you know?
Jack: [After some hesitation] I know
nothing, Lady Bracknell.
Lady Bracknell: I am pleased to hear it. I do not approve of anything that tampers with natural ignorance. Ignorance is like a delicate exotic fruit; touch it and the bloom is gone.


in WILDE, Oscar, The Importance of Being Earnest, 1915, Methuen & Co. Ltd., online aqui.

janeiro 05, 2007

Eu quando for grande quero ser...

Ora cá está um tema interessante, pois eu quando era pequena não sabia o que é que haveria de ser quando fosse grande.

O pior de tudo é que agora que sou grande também não sei o que hei-de ser agora que sou grande (mas isso são outras conversas...).

Mas há pessoas que sabem muito bem o que querem ser, tipo um priminho do A. que quando era mais pequenininho, por ser muito medricas, tinha toda a certeza do que ele queria ser quando fosse grande: homossexual.

Ah pois é, ele sabia perfeitamente que assim, quando houvesse algum problema lá por casa, algum barulho estranho ou qualquer coisa, ao menos não tinha que ser ele o corajoso: mandava o namorado ir ver o que é que era e problema resolvido.

janeiro 04, 2007

Na alvorada de 2007

Alvorada
Lá no morro, que beleza
Ninguém chora, não há tristeza
Ninguém sente dissabor

O sol colorindo
É tão lindo, é tão lindo
E a natureza sorrindo
Tingindo, tingindo

Você também me lembra a alvorada
Quando chega iluminando
Meus caminhos tão sem vida
Mas o que me resta
É bem pouco, quase nada
Do que ir assim vagando
Numa estrada perdida


Cantado a 12 vozes (ainda que eu só faça playback) na alvorada de 2007. Agora que leio a letra com calma, nada me parece mais a propósito...