setembro 25, 2007

Singstar goes Bollywood

O melhor jogo de todos os tempos e a única razão pela qual tenho uma PS2 ( e a única razão que me levaria a ter uma PS3...) está a ficar cada vez mais esquizofrénico.

Fiquem vocês sabendo que enquanto por cá saiu um joguito com umas quantas míseras cançõezecas portuguesas que não interessam nem ao menino Jesus, por terras britânicas já saíram três novas versões...com mais duas planeadas para Outubro.

Ora a este ritmo há que ter um mínimo de imaginação, quer dizer, quantas variações pode ter um título que contenha a palavra pop?

Pois problema resolvido, e entre o Singstar 90's, o Singstar Rock Ballads e o Singstar R&B, a imaginação delirante do pessoal da Sony lembrou-se do Singstar Bollywood.

Singstar Bollywood

Que ainda não tem track list. Como se isso interessasse para alguma coisa!

setembro 23, 2007

Beringela!

Ainda no assunto do papel de parede, encontrei um perfeito, se não tivesse já este:

Quer dizer, perfeito não é, porque a €233 o rolo também não me parece que fosse acontecer. Mas lá que é lindo, é. Desenhado pela genial Florence Broadhurst, agora re-editado pela também australiana Signature Prints.

Citação #4

There's a big difference between kneeling down and bending over.

Frank Zappa, via S.

Os Lobos, Parte II

Sou ainda mais fã da selecção nacional de rugby depois de os ver treinar sem t-shirt.

setembro 19, 2007

Dúvida existencial

Alguém que me esclareça, que me ajude a entender, que me invente teorias, façam o que quiserem, mas tirem-me desta agonia...

Para que raio há-de um cliente da loja do inferno (leia-se: a loja onde trabalho) querer papel de parede liso e de uma só cor?

Para quê?

Será que nunca ouviram falar de pincéis e de baldes de tinta? A incerteza corrói-me, a fé na espécie humana dissolve-se, e o que é pior, muito pior, a (pouca) paciência que eu tenho está a esgotar...

setembro 17, 2007

Os nossos Lobos

Não percebo nadinha de nada de rugby, mas depois de ver os Lobos a cantar, chorar e viver o hino desta maneira, vesti a camisola. Sou um Lobo honorário, e com muito orgulho. Fazem qualquer português que se preze chorar com eles. E ao menos a camisola é mesmo vermelha e mesmo verde. Não há necessidade de inovar, eles são o artigo original.



E no armário fica a camisola dos All Blacks da Nova Zelândia. Haka! Medo. Que ME-DO. Pena o YouTube ter retirado todas as imagens não-amadoras do Portugal-Nova Zelândia...



E é que aposto que isto ajuda mesmo a vender camisolas... aos milhares.

Tinha tido muita piada (para não falar na mais pura e completa intervenção da divina providência) se o Portugal do gordalhufo chorão cheio de alma e garra tivesse ganho à Nova Zelândia daquele gigante maori enorme com corpo de quem não faz mais nada na vida (porque não faz mesmo). Mas a vida não é um filme, por isso perderam. Por muitos. Mas isso é mesmo o que menos interessa, e não é porque eu não percebo nadinha de nada de rugby.

setembro 11, 2007

Reingresso

Há 10 anos atrás, quando resolvi contra a opinião de muitos (todos?) sair da faculdade de belas-artes para ingressar na de letras parecia-me a melhor ideia do mundo escrever um livro acerca do assunto. Toda a gente perguntava porquê. E eu, para dizer a mais pura verdade, sempre me esquivei à resposta. À verdadeira. Gostava de ler, dizia eu - era e é verdade, sempre foi das actividades que mais prazer me deu - o meu talento estava nessa direcção, queria dar aulas de inglês, blá blá blá.

Tenho o tubo dourado ali na estante. Tive boas notas a algumas disciplinas, regra geral verifica-se uma relação constante de proporcionalidade directa entre a quantidade da nota e a qualidade do professor, tive notas baixas ou perfeitamente medíocres noutras mesmo quando sabia que conseguia fazer melhor, tive notas excelentes a duas ou três porque era inevitável, não porque fossem fáceis, mas por de facto ter um talento natural para as apreender e aplicar.

Mas hoje, aos 29 anos, dos quais os três últimos passados a fazer um trabalho que não me apaixona, nem sequer me seduz, e que desde há uns tempos a esta parte me tem tornado numa pessoa algo infeliz e por isso muito pouco interessante, sou forçada a olhar para mim mesma e num primeiro momento enfrentar, e logo depois aceitar que nunca fiz na vida aquilo que realmente queria por uma única razão: medo. Medo de não prestar, medo de não ser boa o suficiente, medo de não conseguir, medo de falhar. Não é uma conclusão fácil. Mas é o primeiro passo para a mudança.

A partir dessa altura, há 10 anos atrás, bloqueei. Quando me perguntavam se a minha veia artística ainda fluía, mudava de assunto. Não voltei a desenhar, apesar de desenhar desde sempre, desde que me reconheço como gente. A ideia de desenhar mete-me medo. Já não tenho a mão treinada. Jeito ainda terei, sempre tive, mas desenhar é como escrever, não se vai lá sem prática, sem muitos erros, sem muito rasga-e-volta-a-tentar.

Qual é a ideia de voltar a belas-artes? Para mim mesma e para todos vocês que querem saber e os muitos que não hesitam em perguntar e para os quais eu francamente não tenho muita paciência (it's not you, it's me), aqui ficam as principais razões, em forma de lista para não se queixarem que o texto-era-muito-denso-não-li-diz-lá-que-assim-percebo-melhor:

1. Preciso de liberdade. Liberdade da mente, liberdade de expressão. Contribuíram para esta necessidade, quase como se por de ar se tratasse, estes últimos três anos. Podia não ter sido assim, concordo. Podia não me ter deixado encaixotar e aprisionar por aquilo que fazia durante 8 (ou 9, ou 10) horas do meu dia. Tentei. Não consigo. Assim, a escolha restringe-se a duas opções: ou viro artista, ou vou para a faculdade. Como sou intelectual, reconheço que preciso de conhecimento, logo a opção dois ganha.

2. Liga com o ponto primeiro no que diz respeito à sede por conhecimento. Conhecimento técnico, numa primeira instância. Preciso de saber fazer alguma coisa. Como não me interessa minimamente a engenharia e de facto o meu talento reside nas humanidades, não há mesmo volta a dar-lhe. Belas-artes it is.

3. Esta é de mim para mim: Acredita em ti. Realiza o teu potencial. Deixa-te de merdas. Faz-me mesmo muita falta deixar-me de merdas.

4. Não, não tenho neste momento um objectivo completamente definido. Gostava de ter, e acredito que este seja um passo importantíssimo nesse caminho. Como diziam os Aerosmith, life's a journey, not a destination. Walk this way. E eu vou.

5. Enquanto eu for eu, vou mesmo rasgar-e-voltar-a-tentar. Até dar certo.

setembro 07, 2007

das 5h30 às 8h

"Ao morrer, como ao nascer, temos medo. Mas o medo é um sentimento que não tem nada que ver com a realidade. Morrer é como nascer: uma mudança apenas."


in A Casa dos Espíritos, Allende, Isabel, Difel, 1983